Em 17 de julho de 1998, durante as negociações em Roma, 120 Estados decidiram criar um Tribunal Penal Internacional permanente. Pela primeira vez na história da justiça penal internacional, os negociadores do Estatuto de Roma colocaram as vítimas no centro do processo, reconhecendo, a partir do segundo parágrafo do preâmbulo, que os Estados Partes estavam “conscientes de que, durante o último século, milhões de crianças, mulheres e homens foram vítimas de atrocidades inimagináveis que abalaram profundamente a consciência da humanidade”. O Estatuto de Roma permite que as vítimas de crimes que se enquadram na competência ratione materiae do Tribunal sejam representadas, apresentem observações e que as suas opiniões e petições sejam tidas em consideração quando os seus interesses pessoais estejam envolvidos, em todas as etapas do processo, além de poder solicitar reparações pelos danos sofridos. Desta forma, de acordo com o Estatuto de Roma, as vítimas são atores da justiça internacional, em vez de meros sujeitos passivos. Neste artigo, examinaremos o papel das vítimas no sistema do Tribunal Penal Internacional, os direitos estabelecidos no Estatuto e os demais regulamentos que regem os procedimentos do Tribunal, bem como as interpretações que o Tribunal de Justiça pronunciou nas suas primeiras decisões.

Abstract: Il 17 luglio 1998, durante i negoziati a Roma, 120 Stati hanno deciso di istituire una Corte Penale Internazionale permanente. Per la prima volta nella storia della giustizia penale internazionale, i negoziatori dello Statuto di Roma hanno posto le vittime al centro del processo, riconoscendo fin dal secondo paragrafo del preambolo che gli Stati parti erano “consapevoli che durante [l’ultimo] secolo milioni di bambini, donne e uomini sono stati vittime di atrocità inimmaginabili che hanno profondamente scosso la coscienza dell’umanità”. Lo Statuto di Roma consente alle vittime di crimini che rientrano nella competenza ratione materiae della Corte di essere rappresentate, di presentare osservazioni e che le loro opinioni e istanze siano tenute in considerazione, quando i loro interessi personali siano coinvolti, in tutte le fasi del procedimento, oltre a poter chiedere riparazioni per il danno subìto. Di tal guisa, secondo lo Statuto di Roma, le vittime sono attori della giustizia internazionale piuttosto che meri soggetti passivi. In questo articolo, si esaminerà il ruolo delle vittime nel sistema della Corte penale internazionale, i diritti contemplati nello Statuto e negli altri regolamenti che disciplinano i procedimenti della Corte, nonché le interpretazioni che ne ha dato la Corte nelle sue prime pronunce. Parole Chiave: Corte Penale Internazionale. Vittime di crimini. Diritto alla partecipazione. Diritto alla protezione. Diritto

Il ruolo della vittima davanti alla Corte Penale Internazionale: dal diritto al processo al diritto nel processo e al di là del processo

Agostina Latino
2018-01-01

Abstract

Abstract: Il 17 luglio 1998, durante i negoziati a Roma, 120 Stati hanno deciso di istituire una Corte Penale Internazionale permanente. Per la prima volta nella storia della giustizia penale internazionale, i negoziatori dello Statuto di Roma hanno posto le vittime al centro del processo, riconoscendo fin dal secondo paragrafo del preambolo che gli Stati parti erano “consapevoli che durante [l’ultimo] secolo milioni di bambini, donne e uomini sono stati vittime di atrocità inimmaginabili che hanno profondamente scosso la coscienza dell’umanità”. Lo Statuto di Roma consente alle vittime di crimini che rientrano nella competenza ratione materiae della Corte di essere rappresentate, di presentare osservazioni e che le loro opinioni e istanze siano tenute in considerazione, quando i loro interessi personali siano coinvolti, in tutte le fasi del procedimento, oltre a poter chiedere riparazioni per il danno subìto. Di tal guisa, secondo lo Statuto di Roma, le vittime sono attori della giustizia internazionale piuttosto che meri soggetti passivi. In questo articolo, si esaminerà il ruolo delle vittime nel sistema della Corte penale internazionale, i diritti contemplati nello Statuto e negli altri regolamenti che disciplinano i procedimenti della Corte, nonché le interpretazioni che ne ha dato la Corte nelle sue prime pronunce. Parole Chiave: Corte Penale Internazionale. Vittime di crimini. Diritto alla partecipazione. Diritto alla protezione. Diritto
2018
Em 17 de julho de 1998, durante as negociações em Roma, 120 Estados decidiram criar um Tribunal Penal Internacional permanente. Pela primeira vez na história da justiça penal internacional, os negociadores do Estatuto de Roma colocaram as vítimas no centro do processo, reconhecendo, a partir do segundo parágrafo do preâmbulo, que os Estados Partes estavam “conscientes de que, durante o último século, milhões de crianças, mulheres e homens foram vítimas de atrocidades inimagináveis que abalaram profundamente a consciência da humanidade”. O Estatuto de Roma permite que as vítimas de crimes que se enquadram na competência ratione materiae do Tribunal sejam representadas, apresentem observações e que as suas opiniões e petições sejam tidas em consideração quando os seus interesses pessoais estejam envolvidos, em todas as etapas do processo, além de poder solicitar reparações pelos danos sofridos. Desta forma, de acordo com o Estatuto de Roma, as vítimas são atores da justiça internacional, em vez de meros sujeitos passivos. Neste artigo, examinaremos o papel das vítimas no sistema do Tribunal Penal Internacional, os direitos estabelecidos no Estatuto e os demais regulamentos que regem os procedimentos do Tribunal, bem como as interpretações que o Tribunal de Justiça pronunciou nas suas primeiras decisões.
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